Um belo dia de Sol para estar preso antes de correr..... E uma chave de fendas para Salamanca!
20.02.17
III Meia Maratona António Pinto - Cidade de Amarante
Terceira participação na terceira edição num dia maravilhoso e primaveril. Esta lindíssima cidade na qual tenho um enorme orgulho de chamar de terra Natal e também de apreciar a sua inesgotável beleza brindou-nos com um lindo dia.
Este ano a prova apresentou algumas alterações significativas.
Foi trazida a partida para Santa Luzia (zona mais central de cidade), o que melhorou a dinâmica da prova com a assistência popular mais intensa.
Foi retirada a subida final antes da meta e que era do desagrado de muitos o que fez com que a aproximação a meta fosse mais entusiasmante.
Mas em contra partida o inicio ficou mais sinuoso num sobe e desce intenso nos primeiros quilómetros, que podem se tornar demasiado desgastantes para a restante prova, e a subida em Fridão ficou um pouco mais alongada sendo ligeiramente mais difícil que no anos anteriores.
No entanto penso que as alterações tornaram a prova melhor. Parabéns à organização pela melhoria que revela vontade de fazer mais e melhor e um especial agradecimento à Elisabete Ribeiro pelo carinho com que nos recebe a todos neste evento.
Uma menção muito honrosa ao campeão António Pinto que para lá de ser anfitrião da prova, fez a mesma com um excelente tempo de 1.35.00. juntando-se ao pelotão que tanto o admira e honra.
Sem referências recentes esta prova iria fazê-la por sensações, embora o desejo fosse melhor que o conseguido, a experiência tem me ensinado que o importante é chegar ao fim bem e com forças. Até porque a prova era feita com a partida na cauda do pelotão, devido a uma detenção involuntária num em WC.(Já lá vamos).
Ao km 10 com 40,30 foi a indicação que ia mais lento que os meus melhores desejos (teria que passar em 37/38) e portanto, com a subida intensa pela frente foi importante gerir com juízo o esforço de forma a terminar bem.
Passar ao km 15 com 1.02.20 já em plena descida permitiu-me conhecer melhor e partilhar histórias de corrida com o Eduardo Sousa do Carcavelos/Sinergye. Um veterano M55, grande atleta que uma semana depois da MM de Braga faz outra meia maratona e foi minha companhia em mais de uma dezena de quilómetros, e só me deixou no final porque de facto estava ainda cheio de força. Eduardo, você é TOP!
Os último 6 quilómetros foram a ritmo de 4.07 o que não sendo nada de bom mostra bem o cansaço que as pernas já sentiam.
Então e começar na cauda do pelotão? É moda? (Já em Ovar foi assim)
Bom aqui a expressão "Não tenho sorte nenhuma..." que às vezes repito... aconteceu...
Uns 20, 25 minutos antes da partida deu a vontade de aliviar aquela pinga que se não o fizermos, nos vai arreliar a prova toda ou então nos obrigar a parar.
Conhecendo o centro comercial ao lado da partida fui ao WC, um WC protegido com um gradeamento exterior com a porta aberta que pensei que gentilmente estaria aberta para as necessidades dos atletas. Mas quando sai, apercebi-me que a porta se tinha fechado e que a mesma só poderia ser aberta com chave. Felizmente ao fim de uns minutos lá apareceu um senhor que amavelmente se prontificou a chamar alto e bom som pelos microfones da partida alguém que pudesse abrir a maldita porta.
Eu só escutava alto e bom som... "Precisa-se que se vá abrir a porta da casa de banho!" e "Há um atleta da Guarda preso na casa de banho!"
Uns 2 minutos antes da partida dois senhores fotógrafos, lá me abriram a porta, mas não sem antes muito carinhosamente me pedirem umas fotos atrás da grades para mais tarde recordar.
Agradeço também a dica simpática dum deles, que me confidenciou que a porta se podia abrir forçando com uma chave de fendas.... Caramba, como não me lembrei disso....
Agora é só pensar em Salamanca que é já em 5 de Março com duas coisas fundamentais no pensamento:
1- Terminar a prova bem, com força, e com um sorriso de dever cumprido fazendo mais e melhor.
2- Levar a chave de fendas....